sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Psicanalise dos contos de fada - Shrek

As aventuras do ogro vão além do roteiro, ao brincar com estereótipos sagrados das histórias para crianças e refletir sobre um dos problemas fundamentais da sociedade atual: a intolerância ao diferente.
Este desenho abre-nos os olhos de uma forma divertida para as diferenças entre as pessoas e o respeito que devemos ter pelos outros, aspecto para lá de fundamental numa sociedade discriminatória como a nossa. Permite-nos entender que a vida não é um mar de rosas como nos é passado em outras produções e que, muitas vezes, teremos que arregaçar as mangas e trabalhar muito pesado para que possamos obter aquilo que desejamos.
O filme mostra definitivamente que beleza não é imprescindível, uma vez que seus parâmetros são relativos, e que príncipe não precisa ser lindo para fazer qualquer garota feliz. Fiona apaixona-se pelo ogro do jeito que ele é, com seus defeitos e qualidades, já que nem sempre os bonitões são aquilo tudo que aparentam. Lord Farquaad é rico, mas também pedante, feio, desonesto e artificial, ou seja, nada apaixonante!
De forma engraçada, o filme ainda nos dá a possibilidade de pensar em questões interessantes como as relações entre pessoas desiguais; os preconceitos que se levantam com esse tipo de proximidade, a busca da felicidade através da aparência, a tração mútua entre seres de classes sociais diferentes; a importância de valorizar a essência, o mundo interior; a falta de caráter dos príncipes encantados.; e, principalmente, o romance entre dois anti-herois.

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