O texto Félix Guattari nos apresenta as intensas transformações que o planeta Terra vem enfrentando no âmbito das três ecologias (meio ambiente, relações sociais e subjetividade humana). E partindo desse pressuposto o que está em questão é a maneira de como viver daqui em diante sobre nosso planeta.
Na questão do meio ambiente destacaremos as grandes mudanças demográficas que por conseqüência ocorrem grandes catástrofes no mundo. As pessoas poluem cada vez mais dificultando assim, a coleta de lixo e com a grande quantidade do mesmo só aumentamos os aterros sanitários que por sua vez aumenta a emissão de gases para a atmosfera e assim seguem nossos problemas ambientais em um circulo vicioso.
Ainda no meio ambiente podemos ver que possuímos avanços científicos e tecnológicos, mas que nem sempre esses acabam sendo positivos para humanidade. Utilizo como exemplo os terremotos e tsunamis que devastaram o Japão esse mês e que por esse motivo as usinas de energia nuclear acabaram se rompendo e estamos vivendo mais um acidente catastrófico na historia da humanidade, podendo haver um extermínio em massa como foi o acidente de Chernobyl. Podemos com isso, nos questionarmos, até que ponto a evolução tecnológica é beneficente para a humanidade?
Para ilustrar mais Guattari relata “de um lado o desenvolvimento contínuo de novos meios técnico-científicos potencialmente capazes de resolver as problemáticas ecológicas dominantes e determinar o reequilíbrio das atividades socialmente uteis sobre a superfície do planeta e, do outro lado, a incapacidade das forças sociais organizadas e das formações subjetivas constituídas de se apropriar desses meios para torná-los operativos”.
No que se trata de relações sociais podemos vivenciar no dia a dia que não conhecemos nosso próprio vizinho, que sabemos o que acontece com famosos porque a mídia nos influencia e nos mostra. Mas aqueles estão do nosso lado, acabamos não sabendo se está triste, se está feliz, enfim, com a correria da sociedade moderna é mais prático ligarmos o rádio, a televisão, acessarmos a internet do que olharmos para as pessoas que estão mais próximas para sabermos como estão e conversarmos.
Em relação a subjetividade podemos dizer que ela esta normalizada e que o indivíduos ficam cada vez menos com o poder de construção de territórios existenciais, que as ferramentas da nossa modernidade nos dão tudo pronto e não precisamos ter a nossa própria subjetividade, mas sim a subjetividade deles, de manipulação. “A juventude está esmagada nas relações econômicas dominantes que lhe conferem um lugar cada vez mais precário, e mentalmente manipulada pela produção de subjetividade coletiva da mídia, nem por isso deixa de desenvolver sua próprias distâncias de singularização com relação a subjetividade normalizada”.
Para tentarmos sair desse ciclo de dificuldades de vivermos nossa própria vida em meio a tantos problemas, Guattari irá falar sobre a ecosofia social que consiste em desenvolver práticas especificas que tendam a modificar e a reinventar de ser no seio do casal, da família, do contexto urbano, do trabalho. Certamente seria inconcebível pretender retornar a fórmulas anteriores, correspondentes a períodos no quais, ao mesmo tempo, a densidade demográfica era mais fraca e a densidade das relações sociais mais forte de hoje.
A questão é que essas três ecologias estão todas interligadas e que o problema fica cada vez maior, logo mais difícil de ser consertado mais tarde. Tudo tem os dois lados, como a questão da tecnologia que citei acima. A questão da subjetividade é que precisamos ver jornais, acessar a internet, mas não podemos deixar que isso manipule nossa subjetividade. Temos que saber balancear as tecnologias, avanços científicos e a nossa vida realidade de vida e sabermos o que é realmente melhor para cada um.
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